2018! Um ano apenas de novas promessas? (Parte 01)

Ano Novo! As festas acabaram e, para muitos, acre­ditem; um alívio…Os encontros desmedidos e sem sentido talvez voltarão apenas no próximo Natal, porém parece que as pessoas estão buscando relações mais verdadeiras e deixando um pouco no passado aquelas reuniões forçadas e ditadas por regras ultrapassadas. Os relacionamentos hoje estão sendo mantidos muito mais por harmonia e sintonia do que por imposição pelo fato de haver o componente sanguíneo.
Preconizo que ainda há famílias, que mesmo sem terem tido o menor envolvimento durante todo o ano, ou se tiveram algum tipo de relação foi apenas através de críticas e brigas, acabam por manter a falsa tradição de todos estarem juntos em épocas como o Natal e o Reveillon. Acredito que muito mais para amenizar culpas do passado do que puramente pela vontade e pelo amor entre todos. A verdade é que tudo vale para que todos sintam paz em seus corações e durante cada dia do novo ano que está começando. E claro: “Cumprirem algumas das promessas que fi­zeram no final de 2016”.
Digo tudo isso, por conta de observar no meu consultório no decorrer de 2017, que muitos planos ficaram para trás e cada vez mais estamos com a sensação que o tempo passa muito rápido para conseguirmos realizar tudo que queríamos e que pretendemos, mas que com certeza, tentamos… Tentamos mesmo?
Bom. Críticas à parte, acredito que talvez estejamos priorizando muitas mais coisas menos importantes do que realmente vale a pena, quem sabe? E muitos dizem: “nessa correria” podemos nos permitir parar um minuto antes de recomeçarmos o tra­balho e refletirmos o que queremos manter em nossas vidas, o que podemos mudar; enfim, o que podemos fazer para termos neste ano com muito mais realizações e menos insatisfações e promessas descumpridas.
Vejo com bons olhos que várias pessoas sentem alívio por terem a possibilidade de recomeçarem e acreditarem na mudança (principalmente a interna), outros, ainda, infelizmente, sentem angústia por tudo aquilo que sofreram ou não fizeram. Seja qual for o sentimento, procure responder às perguntas abaixo para depois pensar sobre o que quer manter em sua vida:
– O que não gosto de fazer e tenho feito? Por quê?
– O que você realmente gosta de fazer e não tem feito? Por quê?
– O que você gosta de fazer e tem feito de real e concreto para mudar as duas primeiras perguntas?
Não respondam só mentalmente, peguem papel e caneta e escrevam as respostas, assim ficará mais fácil vocês perceberem as possíveis causas de suas insatisfações e promessas descumpridas e melhor: “O que poderá e realmente fazer para mudar?”… Caso realmente desejem no decorrer deste ano que isso ocorra. Depois de ­respondido, percebam qual foi a pergunta que mais obteve ­resposta. Qual lista deseja aumentar? Qual pode diminuir? Como diminuir o que não gostam de fazerem e tem feito? Valorizando o que realmente vocês gostam e têm feito nas suas vidas, procurem sempre aumentar essa lista até o final do ano de 2018, onde poderão fazer esse exercício novamente e comparar com as respostas que deram agora e perceberem se haverá diferenças.
Por fim, agora pense sobre seus sentimentos:
– O que você não gosta de sentir e tem sentido? Por quê? Quem é responsável por esse sentimento?
– O que você gosta de sentir e não tem sentido? Por quê? Quem é responsável por não ter este sentimento?
Depois reflitam sobre suas respostas…Houve mais respostas em qual ou quais das listas? Desejam realmente mudar algo? Caso positivo, o que vocês podem fazer para mudar sua realidade? O que desejam manter nesse ano de 2018? Do que desejam se libertar? Qual caminho deverão então trilhar para chegarem aonde vocês desejam? Será que se continuarem agindo como vocês tem agido conseguirão obter o que pretendem? Procurem sempre buscar coerência entre o que vocês pensam, sentem e agem. Afinal, depois de toda essa análise, acredito que seja mais fácil responderem o que vocês querem para 2018… E não apenas, promessas…

Vinicius D´Ottaviano Ph. M. – Psicologia Clínica
viniciuspsique@hotmail.com

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