30 de maio – Dia Mundial da Esclerose Múltipla: O que é e como diagnosticar a doença?

 Doença ataca o sistema nervoso central e acomete cerca de 40 mil brasileiros

Formigamento, dormência, dor, fraqueza nos braços, pernas, tronco ou face, além de problemas com a visão, podem ser sinais iniciais de esclerose múltipla, sobretudo em pacientes jovens.

Cerca de 40 mil pessoas no Brasil são atingidas pela esclerose múltipla, de acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). No mundo, esse número chega a quase 3 milhões de pessoas.

A doença afeta, na maioria dos casos, pessoas jovens, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos de idade. Depois de doenças neurológicas decorrentes de traumas de acidentes, a esclerose múltipla é a maior causa de incapacidade neurológica em adultos jovens.

Essa patologia neurológica é inflamatória e autoimune, acomete o cérebro e a medula. Acontece quando as zonas de mielina, substância que reveste a maioria das fibras nervosas é danificada ou destruída, causando uma inflamação que compromete o funcionamento do sistema nervoso central e criando uma barreira na comunicação entre o cérebro e o restante do corpo.

“Os sintomas variam de pessoa para pessoa, de acordo com o grau do dano já causado. Não há cura para a esclerose múltipla, mas existem tratamentos que ajudam na redução e gravidade dos surtos bem como reduzindo chances de novos surtos e progressão da doença”, explica o neurologista e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Frederico Lacerda, que destaca ainda alguns sinais de atenção.

Confira os sintomas:

  • Fraqueza;
  • Sensitivas: dormências ou formigamentos; dor ou queimação na face;
  • Visuais: visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho, visão dupla;
  • Motoras: perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular;
  • Ataxia: falta de coordenação dos movimentos finos ou para andar e desequilíbrios;
  • Além disso, pode apresentar sintomas associados, sendo rara a sua apresentação de forma isolada, tais como: Esfincterianas- dificuldade de controle da bexiga ou intestino; Cognitivas- problemas de memória, de atenção, do processamento de informações; Mentais- alterações de humor, depressão e ansiedade.

 

O diagnóstico é feito por meio da análise médica que inclui exame clínico e exames complementares, como ressonância magnética de cérebro, coluna cervical e torácica e coleta de líquor. Desta forma, é essencial que mediante qualquer suspeita, ocorra a busca por um especialista, sobretudo após a apresentação de um sintoma novo e agudo, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são determinantes para gerenciar a doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.

 

Read Previous

Artigo – Jurídico: vilão ou aliado da área de negócios?

Read Next

Shopping de Campinas monta posto de doação de sangue no Junho Vermelho

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *