O uso das redes sociais na terceira idade

Por Vitor AraújoPsicanalista e docente do curso de Psicologia da Wyden

O uso das redes sociais, atualmente, tem aumentado consideravelmente. Apesar de a cultura da inclusão digital não ter sido uma grande preocupação da nossa sociedade, o ano de 2020 foi decisivo para o aumento do percentual de uso, por conta da necessidade crescente de acesso às atividades remotas. Estas que passaram a compor nossas vidas profissionais e pessoais, de maneira muito intensa.

Nesse período, tivemos um aumento considerável de idosos. Do ponto de vista psicológico, o uso moderado das redes pode produzir diversos benefícios para essa parcela da população. Dentre eles, a diminuição da ansiedade, por meio do compartilhamento de experiências da rotina com familiares ou amigos.

Senhora usando celular

Tais atividades não devem ser subestimadas, pois produzem muitos efeitos psicológicos positivos, principalmente à população idosa, visto que geram sentimentos de bem-estar e pertencimento social. Tais efeitos, também contribuem diretamente na prevenção de doenças degenerativas do sistema nervoso (Alzheimer e comprometimento cognitivo leve) e geram efeitos cardioprotetores.

O uso deve ser encorajado, porque não é possível que a população idosa fique alheia à utilização das redes, sob pena de experimentar sentimentos de isolamento. Por outro lado, o uso exagerado de redes sociais também pode ser igualmente prejudicial, pois pode gerar na pessoa dependência (bem-estar passa a estar vinculado exclusivamente à repercussão das postagens do usuário ao número de likes). 

O uso excessivo de smartphones pode diminuir o tempo de atividade da pessoa idosa. O resultado do sedentarismo é prejudicial para todas as idades, sobretudo, para pessoas em idades mais avançadas. Portanto, por mais que a cultura de inclusão digital tenha sido implantada, é preciso que ela seja feita com base nas necessidades da população que usufrui das atividades de incorporação nas redes sociais. A dosagem aqui é fundamental. Desde que haja comedimento, as redes sociais podem ser ferramentas muito positivas e podem trazer qualidade de vida.

Vitor Araujo
Vitor Araújo – Psicanalista e docente do curso de Psicologia da Wyden
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