Tradição da Folia de Reis movimenta o centro da cidade no dia 6 de janeiro
Público poderá acompanhar o cortejo, que irá da Catedral até a Estação Cultura tocando e entoando versos
Para celebrar a Folia de Reis, a Secretaria de Cultura organizou uma programação especial reunindo as companhias campineiras “Ases do Brasil” e “São José Operário de Folia de Reis”. Este será o quarto ano em que a Secretaria promove o encontro, realizado no centro da cidade.
No dia 6 de janeiro, próxima segunda-feira, os grupos chegarão na Catedral Metropolitana às 8h para adoração do Presépio, e às 9h sairão em cortejo pela Rua 13 de maio até a Estação Cultura. A cerimônia em honra dos Reis Magos terminará com os “Arcos da Chegança”, instalados na plataforma da Estação.
O público poderá participar do cortejo, ao lado dos personagens Mestre, Contra-Mestre, dos Três Reis Magos, Palhaço e Foliões, que fazem evoluções coreográficas. O grupo é acompanhado pelos cantadores e instrumentistas entoando versos.
Folia de Reis
Manifestação cultural brasileira secular, a Folia de Reis recria a peregrinação dos três Reis Magos em visita ao menino Jesus. Em outubro de 2018, as Folias de Reis de Campinas foram consideradas Patrimônio Cultural Imaterial pelo CONDEPACC.
Segundo registro do Núcleo de Pesquisa e Apoio às Companhias de Santos Reis de Campinas, “há décadas as folias de reis da cidade entoam seus cantos, toques e trovas em giros e festas, fazem brilhar a força de uma estrela imemorial estampada nas coloridas bandeiras e nos seus gestos de união e fé”.
Ao contrário das formações rurais, constituídas essencialmente por núcleos familiares, as Folias campineiras são formadas por imigrantes vindos de diversas partes do Brasil. Em sua maioria, esses participantes são, hoje, moradores dos bairros periféricos da cidade.
Diz a tradição que a estrela que guiou os Reis Magos, guia atualmente estes homens e mulheres que se adaptaram aos novos tempos. São eles os responsáveis por difundir, na metrópole, a devoção, os sons e as relações da cultura caipira, em sua multiplicidade.
As companhias reúnem-se e vão para onde quer que sejam chamadas, alegram casas, ruas e festas, principalmente na época natalina, quando revivem de forma musical e poética a caminhada dos três reis magos Baltasar, Belchior e Gaspar, até o nascimento do menino Jesus.”