Setor de alimentação cria 170 novas vagas de emprego em junho na Região Metropolitana de Campinas

Pelo quinto mês seguido bares e restaurantes tiveram mais contratações que demissões. Só em junho somam 170 vagas. O acumuldado no primeiro semestre foi de 442 novas vagas

 

 Enquanto o setor de serviços encerrou junho com 1025 postos de trabalho fechados, o grupo de alimentação, formado por bares e restaurantes, da Região Metropolitana de Campinas (RMC) gerou 170 novas vagas com carteira assinada em junho e totalizou no primeiro semestre 452 novos empregos criados. Os dados são do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta terça-feira, 30 de julho. Foi o quinto mês seguido com mais admissões que contratações no segmento de alimentação.

 

De acordo com o Caged, no mês de junho o grupo de alimentação registrou um total de 2.885 admissões e 2.715 demissões, com saldo de 170 novos postos de trabalho. Os dados indicaram um ligeiro recuo no número de novas admissões em relação a maio (2.933), mas com queda nas demissões (2.889 em maio).

 

Dos 20 municípios que integram a RMC, 12 tiveram saldo positivo. Americana liderou o grupo, com saldo positivo, de 83, seguida por Campinas (51), Sumaré e Vinhedo (20) e Holambra (19). Dentre as sete cidades com saldo negativo,  Santa Barbara D´Oeste lidera (124), seguida de Indaiatuba (19), Jaguariúna (11), Monte Mor (8) e Itatiba (2). Cosmópolis foi o único município da RMC com saldo zerado.

 

No acumulado dos seis meses, com exceção de janeiro, quando o saldo entre admissões e demissões ficou negativo em Total 425 postos, todos os demais meses o setor apresentou desempenho positivo. “Isso mostra a importância dos bares e restaurantes tanto para a economia das cidades, como na geração de empregos, mesmo com as dificuldades para manter os pagamentos e contas em dia”, diz André Mandetta, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas.

 

Ele lembra, como uma das dificuldades, que em junho o setor registrou queda de 0,7% no volume de vendas, segundo dados do Índice de Atividade Econômica Abrasel-Stone. “A maioria dos bares e restaurantes também ainda não se recuperou totalmente dos prejuízos oriundos da pandemia e muitos ainda estão inseridos no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que prevê redução de carga tributária e, consequentemente, uma melhoria no fluxo dos caixas”, lembra.

 

Vagas criadas e falta de mão de obra

O Banana Café Campinas é um dos exemplos de empresas do setor que vem contratando ao longo do ano. André Biazzo, sócio, conta que a casa teve de ampliar seu quadro de funcionários ao longo do semestre para atender o aumento da demanda. “Entre janeiro e junho, criamos seis vagas e a tendência é aumentar no segundo semestre”, conta.

 

Outro estabelecimento que efetivou contratações no segundo semestre foi o Dom Brejas. Além de 14 funcionários já contratados, a casa ainda conta com dez vagas em aberto, para várias posições. Apesar da dificuldade em encontrar mão de obra e da alta rotatividade, Dino Ramos, sócio da casa, diz que foi criado um projeto de treinamento de retenção de funcionários, com o objetivo que essa rotatividade diminua nos próximos anos”, afirma Ramos.

 

O Empório do Nono e a Espósito Pizzaria efetivaram diversos funcionários neste ano. Porém, eles ainda têm vagas em aberto para garçom, cozinheiro e estoquista.

 

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