MIS recebe o coletivo “Mulheres que leem mulheres” neste sábado, 29
Quem passa em frente às janelas do Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas, no final da tarde do último sábado de cada mês, pode se surpreender com um grupo de mulheres sentadas em roda, com livros à mão. Assim é o Clube de Leitura Mulheres que Leem Mulheres (MQLM), um coletivo que surgiu em 2017 e já leu quase 30 obras produzidas por autoras brasileiras ou estrangeiras, como Virginia Woolf, Patricia Hill Collins, Angela Davis, Judith Butler, Sueli Carneiro e Djamila Ribeiro. O próximo encontro acontece neste sábado, 29 de fevereiro, às 15h. A participação é gratuita.
Pelo menos três semanas antes, as mulheres do clube recebem por whatspp o título que será discutido no encontro. Além da leitura, alguns debates são incrementados com exibição de filmes e participações especiais, como das escritoras Amara Moira e Stephanie Ribeiro, que estiveram presentes em 2019.
O projeto surgiu de um desejo coletivo de ler, debater e aprofundar a compreensão sobre a literatura feminista. O objetivo é mergulhar na produção de autoras que, de diferentes perspectivas, pensaram os desafios históricos, políticos, socioculturais, raciais e de classe, de ser mulher e de tomar parte na sociedade.
O clube de leitura se destaca pelas mulheres diversas em suas ocupações, idades, bagagens pessoais, formações, orientações sexuais, identidades raciais e de gênero.
Milly Lacombe
Para marcar o início das atividades de 2020, está confirmada a presença de Milly Lacombe, autora do livro “O ano em que morri em Nova York”. A obra trata de percorrer os caminhos do fim de uma história de amor. A escritora relata, com lágrimas e boas doses de humor, o término de seu casamento de dez anos com Tereza, rompendo não só com o seu projeto de vida em casal e com a cidade de Nova York, mas também consigo mesma. E perder-se de si, na leitura de Milly Lacombe, sugere um convite para um novo encontro.