Marcio Teles troca a pista por gramado e treina barreiras

Sem acesso a pista, fechada por causa de pandemia da COVID-19, o atleta, qualificado para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2021, improvisa em frente de sua casa no condomínio Swiss Park, onde fica o Centro de Alto Rendimento da Orcampi, em Campinas

O carioca Marcio Soares Teles (Orcampi) é um privilegiado na atual conjuntura do País, vitimada pela pandemia da COVID-19. Embora não possa utilizar a estrutura do Centro Esportivo de Alto Rendimento (CEAR), fechado em virtude da quarentena, em Campinas, o atleta tem um gramado à disposição em frente a sua casa no condomínio Swiss Park, que abriga o CEAR.

Qualificado para os Jogos Olímpicos de Tóquio na prova dos 400 m com barreiras, ele segue uma rotina improvisada de preparação. “Faço atividades físicas, que incluem treinos com barreiras, que monto no gramado. Faço o funcional em casa. Não é uma situação ideal. A gente faz o que pode e bola para frente. O jeito é se adaptar a essa realidade”, comentou Marcio, nascido no dia 27 de janeiro de 1994, no Rio de Janeiro.

Otimista, ele espera estar bem quando os treinamentos normais forem liberados. “Quero ver se consigo fazer um resultado legal ainda este ano, aqui no Brasil ou no exterior”, disse o atleta, segundo colocado o Ranking Nacional e Sul-Americano de 2019 na prova, com 48.60. A sua frente está apenas o paulista Alison Santos, finalista no Mundial de Doha-2019, com 48.28.

Marcio Teles (Wagner Carmo/CBAt)

O tempo de 48.60 foi obtido na disputa do Troféu Brasil Caixa, entre agosto e setembro, em Bragança Paulista (SP). Ele quebrou o recorde da competição, ratificando índice para o Mundial de Doha e Olimpíada de Tóquio. Acabou eleito o destaque masculino do evento.

O técnico Evandro Lazari mantém contatos frequentes com o atleta. “Ele tem a facilidade de morar dentro do centro esportivo, então tem bastante espaço. Temos adaptado um pouco os treinos, pois ele tem um percurso gramado de 1.450 m em frente a sua casa. Ele tem as barreiras e pode fazer treinos próximos à realidade. Não é a mesma coisa, mas ajuda a manter a forma, ou, na verdade, a perder menos.”

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